O corpo de Cristo (Igreja) é formado por pessoas, e revela em sua expressão vivencial, questões inerentes à existência humana em comunidade. Portanto, ficam evidentes erros e acertos, e o surgimento de temas que requerem avaliações e posicionamentos centrados e maduros.
Com a chegada do evangelho aos gentios surgiram conflitos com os judaizantes e suas praticas. Tais questões exigiam avaliações e posicionamentos equilibrados por parte da Igreja. Notemos algumas questões que podem nos auxiliar em momentos de avaliação e resolução de conflitos na caminhada comunitária.
1. Na comunhão dos irmãos (Igreja) os conflitos, desvios doutrinários e outros problemas devem ser reconhecidos e tratados com seriedade (v. 1, 5, 24).
1.1. Paulo e Barnabé se posicionaram com firmeza em oposição ao pensamento daqueles que queriam impor a lei sobre os gentios (v. 2). Identificado o problema agiram com prudência e sabedoria.
2. A resolução de conflitos no contexto da Igreja (organismo) deve ser uma tarefa coletiva (v. 2- 4, 6, 7, 12, 13, 22, 23, 25- 31). Fica claro que embora houvesse irmãos mais maduros (“apóstolos” e “presbíteros”), não havia da parte destes nenhuma imposição ou domínio sobre os demais. Sabiamente eles buscam consenso na coletividade.
2.1. Havia liberdade de expressão. Cada um, de acordo com seu dom e maturidade poderia expressar sua opinião sobre o tema em foco (observe quantas pessoas falaram).
2.2. Toda opinião ou sugestão de quem quer que fosse era submetida ao crivo da coletividade, e desta saia o posicionamento final (v. 22, 25, 31). Este é um dos principais sinais de maturidade e equilibrio na caminha da Igreja.
2.3. Os irmãos mais maduros (“apóstolos” e “presbíteros”) eram ouvidos com atenção (v. 12). A assembleia os reconhecia como conselheiros experientes e comprometidos com a Palavra de Deus, mas não infalíveis (eram homens como os demais).
3. Toda e qualquer palavra ou decisão eram devidamente fundamentadas nas Escrituras (v. 15- 17). É fundamental que a comunidade se apegue aos princípios bíblicos na analise e resposta a qualquer tipo de conflito.
4. O que foi definido em consenso deve ser compartilhado claramente com todos (v. 22- 31). Se os assuntos são tratados coletivamente, e as decisões voltadas para o coletivo é fundamental que todos fiquem cientes dos mesmos. Quando há clareza, não há o que esconder!
À medida que a Igreja crescia e avançava no cumprimento da missão, surgiam novos desafios internos e externos. O mesmo ocorre na atualidade. Convém considerarmos exemplos como este de Atos 15, e assim, caminharmos como corpo de Cristo.
Saudações aos eleitos!
Riva
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