"A vida cristã não é resultado da escolha do cristão, e sim sua resposta ao fato de que Deus o escolheu" (James M. Houston)

quarta-feira, 13 de março de 2013

TRÊS PODERES



Diante das inúmeras manifestações diante da posse do deputado Marcos Feliciano (PSC), como presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, e o questionamento de algumas pessoas com as quais convivo, proponho a seguinte reflexão:
Primeiro, um dos mais graves equívocos manifestos no atual quadro nacional, é a crescente ligação entre três poderes de grande influencia: política, mídia e religião. Com o crescimento do numero de evangélicos, associado ao surgimento de grandes denominações; as mesmas passam a assumir maior espaço na mídia e na política. Esta duas questões tem sido bastante controversas, pois na maioria dos casos quem aparece na TV ou é eleito, personifica os muitos conflitos entre a política, religião e mídia.
O caso mais recente é o do deputado Marcos Feliciano (também “pastor” (religião) e tele “evangelista” (mídia). Mostrando a conflitiva relação entre os três “poderes”, seus discursos como pregador, apresentador e político, parecem distintos; fato que corrobora para o despertar de questionamentos.

Em segundo lugar, convém destacar que o deputado Marcos Feliciano foi eleito para representar o povo, e como tal, deve fazê-lo sem utilizar as prerrogativas inerentes ao fato de se denominar evangélico. O problema é que a mistura dos “poderes” torna contraditória a fala do deputado, com a postura esperada por parte do presidente da CDH. Tal contexto serve de base para as manifestações de pessoas e grupos contrários ao mesmo. Penso que há equívocos de ambas as partes.
Terceiro, novamente deflagra-se a velha e absurda “guerra”. De um lado os vários grupos contrários manifestando seus posicionamentos pedindo a ilegalidade da presidência da CDH, do outro, evangélicos declarando que tal postura é perseguição. Na verdade, ambas as parte tem mania de perseguição, e isso demonstra no mínimo a incapacidade de dialogar de maneira democrática e respeitosa.
O que vejo são equívocos extremistas por parte daqueles de quem se espera posturas pautadas no debate propositivo ao invés de conflitos setoriais. Um deputado deve se portar e corresponder com tal, deixando de lado qualquer titulo ou segmentação. O mesmo deve direcionar a postura dos diferentes grupos e suas ações.
Estejamos atentos com a relação entre política, religião e mídia.




Abraços!



Riva Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário