"A vida cristã não é resultado da escolha do cristão, e sim sua resposta ao fato de que Deus o escolheu" (James M. Houston)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

E O DINHEIRO?

Usar o discurso da antiga aliança, com objetivo de justificar a arrecadação financeira para a manutenção da “obra de Deus”; constitui-se um grande equivoco. Todavia, em se tratando da igreja institucional, está diretamente associado ao fato da mesma, em muito, seguir o modelo de adoração proposto pelo Antigo Testamento. Neste caso, perpetuam a centralidade no “templo” e o sustento do clero religioso.
O Novo Testamento aponta na direção oposta, apresentando-nos a vida de adoração com algo livre de instituições, ambientes sagrados e hierarquias. Neste sentido, as necessidades pessoais passam a ser tratadas como justificativas únicas para as contribuições por parte dos irmãos. Eis algumas razões para tal postura:
• Não havia centralidade no local de reuniões. Inicialmente eles se utilizavam do templo (destruído no ano 70 d.C.) e das casas (At 2.47). Posteriormente ocuparam outros espaços públicos, como sinagogas, escolas, teatros, etc. Isto lhes eximia de gastos com alugues, construções e manutenção dos “templos”.

• Não havia liderança contrata ou paga. Os apóstolos e demais irmãos serviam com base em seus dons, de modo voluntario, por amor a Cristo e ao evangelho. Geralmente obtinham seu sustento trabalhando como todos os demais. Quando envolvidos em alguma missão específica e mais demorada, os irmãos espontaneamente levantavam ofertas para os mesmos. Isso ocorria quando percebiam uma necessidade clara.

• O foco para as contribuições eram as necessidades pessoais dos irmãos. Vivendo em comunhão e próximos uns dos outros, eles identificavam os necessitados, e cada um de acordo com suas possibilidades cooperava livremente. Não havia nenhum tipo de pressão ou manipulação.

• Lendo cuidadosamente as paginas do NT, não podemos compreender como coerente e bíblica, a maneira como a igreja evangélica em sua maioria, ensina e pratica a arrecadação financeira. Sua abordagem a respeito dos dízimos e das ofertas é falta de embasamento, e apelativa em sua realização durante as reuniões.

A Bíblia nos instrui a sermos generosos, e isso se aplica também em relação às contribuições. Todavia, é mister levarmos em consideração que o ensino do NT, e a pratica dos cristão primitivos, nos instruem a fazermos com base em necessidades e pessoais (individuais ou coletivas) claramente identificadas.

Riva

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